É fato que a atual queda do Bitcoin tem causado pavor em muitos investidores e entusiastas da moeda e do mercado cripto. Ver a cotação do ativo recuar de US$ 6400 (em 12/11) para o recente US$ 4300 pode ser assustador.
Se expandindo a variação, ao analisarmos o recuo do Bitcoin de janeiro até o período atual, a desvalorização é ainda maior. Afinal, do começo do ano para cá seu desempenho oscilou drasticamente de US$ 19.500 até US$ 4.035.
Entretanto, por mais que possa parecer assustador, essa curva representa apenas a quinta menor correção que o Bitcoin já teve ao longo da sua história.
Nos onze meses desse ano, este recente mercado representa uma baixa de 79,7%. E essa é a menor correção que o Bitcoin já obteve. Isso é o que aponta uma análise aprensentada por Peter Brandt, um analista técnico especializado em criptos.
Com uma tabela publicada nesta quarta (21), ele apontou cinco grandes oscilações da cripto. Os dados foram levantados em pesquisa com grandes corretoras, como Coinbase, Bitstamp e Bitfinex.
Excluindo a atual queda, os outros quatro recuos foram de 82,6% até 94,3%. Enquanto isso, a média de queda registrada foi de 85,3%. Ou seja, a atual desvalorização ainda está abaixo dessa métrica apontada.
No último dia 21, o Bitcoin sofreu um forte declínio, de US$ 4.500 para US$ 4.050, em bolsas de câmbio com criptomoedas como Kraken e Coinbase. Contudo, a criptomoeda conseguiu se recuperar rapidamente para US $ 4.500.
Entretantro, a súbita queda para o nível de suporte de US$ 4.000 colocou o BTC perto de atingir uma queda de quase 80% em relação à sua alta histórica.
Segundo a pesquisa de Peter Brandt, ao longo dos últimos nove anos, o BTC passou por cinco grandes correções. Foram 2 em 2011, uma em 2013, outra em 2015 e essa mais recente. Nesses anos, o Bitcoin registrou quedas na faixa de 82,6% para 94,3%, e 85,3% em média, conforme a tabela abaixo, de Brandt.
Analisando os dados, para o BTC registrar uma perda de 85% de sua maior alta de todos os tempos, ela teria que cair para US$ 2.950. Mas ainda há um forte apoio no nível de suporte de US$ 4.000.
Mesmo se o BTC cair para US$ 2.950, uma queda de 85% em relação à sua alta histórica, ainda assim, será apenas a perda média registrada nas últimas quatro grandes correções.
Essas correções anteriores podem ser consideradas como referências, além de fornecer pistas para quando o atual mercado de baixa pode acabar. No entanto, as condições de mercado, infraestrutura e conscientização geral são muito diferentes de 2011, 2013 e 2015.
O atual declínio de 79% no preço do BTC, de US$ 19.500, é causado principalmente pela falta de liquidez nos mercados de Bitcoin.
O executivo da gigante de trading Susquehanna, Bart Smith, observou que não há veículos de investimento viáveis para um trader de varejo regular. Ainda é difícil, sem know-how específico, investir no mercado de criptomoedas.
Em 2015, além de alguns anúncios de adoção de comerciantes, não havia sinais de uma grande instituição financeira, banco ou gestor de ativos de integrar grandes criptomoedas para melhorar a usabilidade e a acessibilidade da classe de ativos.
Neste ano, a Fidelity, quarta maior administradora de ativos do mundo, e a ICE, controladora da Bolsa de Valores de Nova York, introduziram a Fidelity Digital Assets e a Bakkt para ajudar os investidores de varejo e institucionais no setor financeiro tradicional a investir em criptografia.
A tendência de curto prazo das moedas criptografadas não retrata com precisão os últimos onze meses de evolução positiva no setor de criptomoeda. Por isso, os investidores de alto perfil permanecem otimistas com a tendência a longo prazo do Bitcoin. Como é o caso, por exemplo, do bilionário Tim Draper, Mike Novogratz e o executivo da Susquehanna Bart Smith .
Smith explicou o atual momento do Bitcoin e fez uma relação com o hard fork do Bitcoin Cash, que deu ínicio ao colapso cripto.
“Isso levou ao segundo problema, que é sem a nova entrada de capital, a liquidez tem sido muito baixa. Então, temos visto um preço estável durante todo o verão, foi de US$ 6.000. A volatilidade ficou muito leve no final de julho. Então, o que acontece é que nesse ambiente, se você tem uma bifurcação contenciosa, isso não cria necessariamente uma tremenda quantidade de confiança e quando esses vendedores chegam, não há liquidez para absorvê-lo. Espero que, com Bakkt, Fidelity e outros regulamentos, haja capital suficiente para absorvê-lo.”
É muito cedo para confirmar que o mercado de criptomoedas atingiu um fundo e que o BTC se estabilizou na faixa de preço baixo de US$ 4.000 a US$ 4.500.
Dependendo da tendência dos preços de curto prazo da BTC ao longo de novembro, vários potenciais catalisadores como Bakkt e uma decisão do fundo negociado em bolsa da Bitcoin (ETF) em fevereiro podem desencadear um período de acumulação ao longo do primeiro trimestre de 2019.
Redação com CCN
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